Começam neste sábado (23) as atividades da Semana de Prevenção da Raiva, promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Secretaria de Qualidade Ambiental e empresas parceiras. O primeiro evento da programação ocorre das 13h30min às 17h no Parque Una e conta com distribuição de materiais educativos, orientações à comunidade e exposição de cães do Canil Municipal para adoção.

As atividades no município se estendem até a próxima sexta-feira, em alusão ao Dia Mundial de Prevenção da Raiva, 28 de setembro. O objetivo do evento é conscientizar a população sobre a importância da vacina antirrábica. "A gente realiza essas atividades para esclarecer a necessidade permanente de vigilância e a importância da vacinação dos animais, além de também informar a população sobre essa e outras zoonoses", relata Roberta Mota, médica veterinária da Vigilância Ambiental em Saúde (Vigiams) e responsável pelo Programa de Vigilância e Controle da Raiva no município.

Controle da doença
O controle da raiva no Brasil é orientado pelo Programa Nacional de Controle e Prevenção da Raiva, que segue os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, no Rio Grande do Sul, a raiva urbana (variante específica de cães e gatos) é considerada uma doença controlada. Em Pelotas, o último registro de raiva canina é de 1985.

Na última semana, o diagnóstico de um caso de raiva felina acendeu o alerta para a doença no município. A Vigiams confirma que se tratou de um caso isolado, causado por uma variante de morcegos e que, até o momento, nenhum outro animal desenvolveu sintomas da doença. "Essas variantes de morcegos sempre vão existir, assim como ainda existe a raiva urbana em outros estados e países, por isso é tão importante ter cuidados com esses animais e manter os cães e gatos vacinados ", destaca a veterinária.

Desde que a doença foi controlada no Estado, a vigilância é realizada de forma permanente, mas as campanhas de vacinação gratuita em larga escala não ocorrem mais. Portanto, a vacinação de animais domésticos é responsabilidade de seus proprietários. "Os cães e gatos não causam raiva, eles adoecem assim como nós, então eles podem e devem ser protegidos através da vacinação e da posse responsável de seus tutores", ressalta Roberta.

A veterinária também reforça que a vacina da raiva pode ser aplicada em animais a partir dos seis meses de idade e deve ser reforçada anualmente, assim como outras vacinas contra viroses caninas e felinas.

Como identificar casos suspeitos
Em animais domésticos, é importante sempre estar atento para alterações de comportamentos e sintomas neurológicos. Além disso, também é recomendado notificar a SMS em caso de contato com morcegos e ataques de cães ou gatos.

Em morcegos, a principal suspeita da doença é em animais que são vistos caídos no chão, durante o dia e/ou com aspecto moribundo. Nestes casos, é necessário manter distância do animal, evitar o contato e notificar as autoridades de vigilância. A partir de setembro, e durante todo o verão, é ainda mais importante estar atento aos morcegos, que passam a aparecer com mais frequência devido ao período de acasalamento.

O contato com o Centro de Controle de Zoonoses pode ser feito através do telefone (53) 3284-7731 ou WhatsApp (53) 99114-0546.

Confira a programação da Semana de Prevenção da Raiva
- Sábado (24) - das 13h30 às 17h, orientações à comunidade, distribuição de materiais educativos e exposição de cães para adoção no Parque Una;
- Terça (27) - apresentação do teatro de fantoches do Projeto Zooando na Escola, com o tema "Raiva", na Escola Municipal Luciana de Araújo;
- Quarta (28) - das 13h às 17h, orientações à comunidade e distribuição de materiais educativos no Largo Edmar Fetter, no Mercado Público, em alusão ao Dia Mundial de Prevenção da Raiva;
- Quinta (29) - apresentação do teatro de fantoches do Projeto Zooando na Escola, com o tema "Raiva", na Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes.